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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Bola No Ângulo – Crónica III

O próximo modelo de Juvenis: manifesto contra elitização prematura

Eu não tenho grande paciência para ler regulamentos e comunicados, é literatura que não me atrai. Foi por isso com espanto que recebi via amigo a notícia de que a federação pretende instituir na próxima época uma zona única na primeira divisão nacional de juvenis.

Isto é absolutamente ridículo. Esta ideia preconizada pela federação de que a chave do desenvolvimento do andebol está na elitização da formação (elitização prematura) é uma tremenda falácia. Um embuste. Não há desenvolvimento sem competição e a competição só existe com diversidade e pluralidade. Mais importante do que a elite, é a qualidade da elite. A ideia da federação (responsáveis desportivos) é mais ou menos como sermos os melhores em nossa casa, o problema é quando saímos à rua.

Ora, este modelo serve apenas aos clubes com poder económico para recrutar jogadores a outras equipas. Não me admira que o F.C. do Porto tenha acabado com a sua formação de base e mais admirado estou que o Benfica tenha apostado este ano na formação.

Esta política (arte de regular) é destruidora de clubes e de promessas. Já nem falo, relativamente ao caso prático, nas questões económicas e no investimento de tempo que adolescentes em idade escolar decisiva terão que fazer.

O nosso desenvolvimento depende muito da capacidade de todos os clubes sonharem em ser elite, em chegarem ao topo (através de uma conduta ética, subentenda-se). É neste processo que aparecerão grandes equipas e grandes jogadores. Porque, senhores que mandam, os talentos não nascem todos na mesma cidade.

Renato Miranda

14 comentários:

nascimentos disse...

"Ora, este modelo serve apenas aos clubes com poder económico para recrutar jogadores a outras equipas. Não me admira que o F.C. do Porto tenha acabado com a sua formação de base e mais admirado estou que o Benfica tenha apostado este ano na formação." O BENFICA apostou na formação de quem?

Anónimo disse...

O fcp acabou com os escaloes de formação porque não sabe ( ou não quer saber) como se fazem captações. O fcp acabou com a formação porque queria vitórias nesses escaloes e nos ultimos anos não o conseguiu, embora houvessem alguns bons atletas, nessas equipas mas 2 ou 3 não fazem uma equipa de andebol. O fcp acabou porque é mais facil ir buscar atletas "prontos-a-jogar" do que ensiná-los e porque a secçao de andebol é unica e exclusivamente para os séniores os outros são uns apendices que eles eram obrigados a ter.

Mal vai o andebol e o fcp quando a formação é tratada assim.


Anónimo com muito gosto

Anónimo disse...

Subscrevo inteiramente! A criação deste modelo vem destruir o excelente trabalho que as equipas ditas "menos grandes" têm vindo a realizar.. Será insustentável financeiramente para algumas dessas equipas disputar esse campeonato.. O andebol pt está cada vez mais "fechado" e só os clubes ditos "grandes" têm lugar nele.. É assassinar o trabalho de inúmeros clubes de formação que lutam por amor à modalidade e pela evolução sustentada dos seus atletas.
O pior foi que este regulamento foi aprovado pelas associações e, ao que conheço, apenas uma se revelou contra este novo modelo..E quem escolhe os representantes nas associações?!...Pois...São os clubes... Sendo assim... Pff...

Abraço!

Anónimo disse...

E de rir isto! Onde e que clubes mais pequenos em termos financeiros e que mesmo assim possuem escaloes em todas as formacoes como o Belem, Aguas Santas, S.Bernardo, Fafe, Xico, vao ter dinheiro para fazer um nacional de SENIORES JUNIORES JUVENIS ?! Com deslocacoes quase semanais de 600 e 700 km ? Tenham juizo! E deixem andar isto cmo esta!

Anónimo disse...

Nem a Caixa Geral de depósitos aguenta dar tanto patrocínio.... um dia vai acabar e vamos ver esses clubes ditos grandes o que vão fazer

Anónimo disse...

OF.C.P, ACABOU COM OS ESCALÕES DE FORMAÇÃO, E OS REGULAMENTOS ESTÃO A SER CUMPRIDOS, SAUDAÇÕES DESPORTIVAS.

N82 disse...

Muito bem dito. Tenho uma dúvida:
Um clube para ter equipa de seniores tem que ter, segundo a associação a que pertenço, tem que ter 3 equipas de formação para poder participar. Então o FCP só tem 2 como foi autorizado a participar. Os tecnicos da FAP deviam levantar o rabo e andar os fds a ver jogos no interior tinham muita surpresa. Esquecem-se de quem lhe paga. Mais ano menos ano joga o torrinha e os presidentes intlectuais das associaçoes. CHULOS.
Deixem os tachos para quem realmente quer trabalhar.

Anónimo disse...

VOCÊS TÊM ANDADO TODOS DISTRAÍDOS. O TORRINHA E SEU SÉQUITO JÁ HÁ MUITO AVISARAM QUE ISTO IA SER ASSIM, E QUEM ACEITASSE, MUITO BEM, QUEM NÃO QUISESSE TINHA OS CAMPEONATOS DO INATEL. A ELITIZAÇÃO VAI TER O MESMO FIM DA FAMIGERADA GRANDE APOSTA NOS CAMPEONATOS NACIONAIS DE MINIS, LEMBRAM-SE? OU DA GRANDE APOSTA NOS NACIONAIS DE INFANTIS E DA SELECÇÃO NACIONAL DO ESCALÃO? O ANDEBOL SEGUE ALEGRE E CONTENTE PARA O PRECIPICIO.
ANDEBOLMAIS

Anónimo disse...

Discordo do conteúdo dos textos aqui publicados por Renato Miranda, pois sustentam-se num conjunto de chavões, vazios de conteúdo. Lemos uma sucessão de ideias fragmentárias, articulados de forma inorgânica sem nada para desenvolver. No primeiro texto dissecou (ou defecou) sobre a FAP, dizendo que tinha coisas boas e más. Expôs as más e ignorou as boas. Será uma crítica intelectualmente honesta? Fez o mesmo (critica negativa) em relação aos clubes de formação, sem apontar um único bom exemplo (temos tantos felizmente!). No texto de hoje pegou na PO6 pela forma errada: penso que uma competição nacional, onde encaixem os melhores é positiva, vai potenciar as qualidades dos atletas, jogando estes a um nível qualitativo elevado. A nota muito negativa é o factor económico, Este sim deve obrigar a FAP a repensar tudo de novo, porque os clubes não têm condições financeiras para participar em três provas nacionais que integrem todo o território nacional.
Reportando-me a textos anteriores, deixem-me dizer-vos que considero que o trabalho da FAP até nem tem sido tão mau como isso. Numa breve resenha, eu diria que os pontos fortes da modalidade são os resultados nacionais e internacionais, a nossa expressão nos bastidores internacionais, onde temos dirigentes bem colocados, bem como a nossa expressão em termos de arbitragem, com três duplas internacionais e duas a caminho de o conseguirem. Uma delas está no patamar mais elevado e a 2ª para lá caminha. É bom não esquecermos que somos um país de terceiro mundo, com uma identidade cultural onde o futebol que não deixa grande espaço para outras modalidades. Não é verdade que os clubes paguem valores muito elevados para praticarem a modalidade, pois em comparação com as restantes modalidades (basket, volei e hóquei), pagam verbas que em situações análogas correspondem a menos de metade das restantes. Os nossos clubes têm ainda a vantagem de 40% da comparticipação nas viagens para as competições europeias, bem como jogos televisionados, em canal aberto, todos os fins-de-semana, para o qual os clubes podem usufruir integralmente da publicidade estática que vendam para esses jogos. O andebol tem ainda uma rede de desenvolvimento interessante, quer a nível das escolas, quer a nível das autarquias, fruto de um excelente trabalho que a FAP vem desenvolvendo nesses sectores nos últimos dois/três anos.
Os pontos fracos revelam-se na inabilidade que a FAP tem mostrado em conseguir penetrar nos centros de decisão política e financeira, principalmente no tecido empresarial, onde escasseiam os patrocínios. A gestão financeira também deixa transparecer incompetência, pois olhando para os diversos quadros da FAP, nota-se que existe gente a mais a não fazer nada, em contra ponto com sectores que mereciam quadros bem mais competentes. Aqui, o principal responsável é a figura tutelar, o Presidente, que por força de querer gerir todos os departamentos, acaba por secar tudo à sua volta, cerceando a criatividade e competência aos seus colaboradores. Ao interferir em tudo, cria conflitos, gastando energias que não se coadunam com o papel de um Presidente. Também coloco como negativo a forma como os regulamentos da FAP são atropelados sistematicamente, bem como o centro de treinos, em Resende, que parece uma boa ideia mas mal executada.
Terminando: não creio que a nossa modalidade evolua se nos orientamos pelo prisma do “coitadinhos”. Só joga no nacional quem quer. Quem não tem dinheiro, nem arte para vender um bolo às fatias, angariando verbas para a competição, que jogue no Inatel, ou nos regionais. Não obstrua quem quer evoluir. Não é no bota-abaixo que a nossa modalidade evolui!
A nossa meta é reduzir o espaço ao futebol, são os que estão acima de nós. Temos que ser ambiciosos. Para lá chegarmos temos muito para fazer e não é a chorar que lá chegamos!

Anónimo disse...

Anónimo de 1 de Outubro de 2011 10:41

Absolutamente de acordo com o que diz.
Parabéns pela forma e pelo conteúdo.

Cumprimentos
HH

Anónimo disse...

SE A FAP LEVAR ISTO AVANTE VAI SER O FIM DE MUITOS CLUBES... MAIS ESTE ANO O CAMPEONATO DE JUVENIS ACHO QUE VAI HAVER MUITAS EQUIPAS A QUERER PERDER OS JOGOS PARA NAO SEREM APURADOS. EU PERTENÇO A UM CLUBE QUE VAI FAZER ISSO, NAO TEMOS CAPACIDADE FINANCEIRA PARA UM CAMPEONATO COM ESSES CUSTOS

Anónimo disse...

Só um reparo de um clube que tinha como objectivo subir à primeira de juvenis mas que já desistimos disso mesmo... caso cheguemos à fase final abdicaremos de subir e a informação que tenho aqui no norte é de que existem clubes que vão querer descer ou prescindir de ficar nesta primeira divisão. Sai mais caro que ter uma equipa de seniores na PO2! Uma equipa do Algarve participa como? Fazer miúdos de 15 anos perderem 2 dias de estudo por terem que fazer 600/700 Km de deslocação não cabe na cabeça de ninguém... estranho, muito estranho...

Anónimo disse...

Boa tarde, sem pretender comentar sobre as ideias de cada um, quero apenas dar a minha opinião sobre o que entendo da competição na formação.
Como dizia aquela senhora num anúncio televisivo: “ Sou do tempo” … em que talvez não seja um tempo muito afastado, mas talvez do tempo da melhor “fornada” de atletas que o Andebol nacional teve. Falo do tempo dos Carlos Resendes, Pedros Cunhas, Paulos Farias, Paulos Morgados, Ruis Almeidas, Ruis Rochas, Ricardos Tavres, Paulos Gonçalves; Ricardos Andorinhos, Pedros Gamas, Miguéis Póvoas, Miguéis Fernandes Eduardo Filipe ainda que mais novo 2 ou 3 anos… etc e etc e tal.
Naturalmente que respeito as gerações antecessoras pelo desbravar caminho e dificuldades inerentes aos seus tempos, mas na verdade, penso que esta terá sido das melhores gerações que tivemos e que até agora as gerações sucessoras não conseguiram ultrapassar nem tão pouco aproximar.
E Eis que no meu último parágrafo surge a grande questão de qual a melhor. Tento fazer todas as comparações possíveis e imaginárias, entre os sucessos e evidências dos tempos actuais e dos tempos passados, mas não assim tão distantes mas que no entanto me parecem demasiados óbvios e porque não dizê-lo, demasiado superior aos actuais.
Pois bem, naturalmente que um dos factores que aqui vou indicar, que tem a ver com o título deste POST é a formação e competição em vigor.
Assim a MINHA OPINIÃO (antes que os posteriores comentadores me venham desancar) sobre um desses factores é precisamente as fórmulas de competição. Ou seja antigamente (anos 90) havia uma competição regional, organizada pelas várias Associações de Andebol do País, competições regionais essas que eram niveladas por cimas, com 3 ou 4 equipas por Associação fortes que disputavam os acessos às fases finais com as outras Associações e assim apurarem o campeão nacional (isto a partir dos Juvenis).
Que quero dizer com isto?
Quero dizer que os Clubes trabalhavam tranquilamente a sua própria formação, preocupavam-se em ter equipas fortes, pois era intenção de todos alcançar a classificação entre os dois ou três primeiros que lhes permitisse passar à fase posterior. Era uma competição que por ser regional, permitia que os clubes não tivessem grandes encargos com deslocações e canalizassem essas verbas que não eram gastas para mais tempo de treino e com esse mais tempo de treino, se criasse um maior espírito de grupo.
Tenho a certeza que essa competição regional forte, potenciava as fases finais nacionais, pois quando se entregava o “caneco” de campeão, o vinho que lhe era depositado (equipa vencedora) já tinha sido filtrada pela sua qualidade.
A base era trabalhada, tal como na construção civil, em que as bases são sólidas e a partir daí constrói-se uma casa segura, com os acabamentos a nosso gosto e de excelente qualidade. Infelizmente, actualmente, começam a construir a casa pelo telhado (afinal agora só os altos importam) com competições nacionais a torto e a direito e em qualquer escalão, sem nos preocuparmos com a formação, pois o que interessa é ganhar títulos independentemente de se ganharem atletas, pois os alicerces que se oferecem com este tipo de competição não são consistentes, porque a maioria das vezes a resistência é fraca a nível nacional e qua quando é exportada a nível internacional, maiores carências e danos são verificados e os atletas acabam prejudicados, porque lhes demos competição em vez de Betão.

Naturalmente, poderia dizer mais sobre o que penso, mas já devo estar a ser massudo para os demais, pelo que fica aqui um pouco do que penso

Manuel

Anónimo disse...

Eu gostava e de saber porque o treinador do Almada e do Ginásio clube do sul estão a treinar uma equipa de 1º divisão e não tem o 4º grau nem estão inscritos para nenhum curso.